sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Apaixonar-se (ainda)

Lembra daquela amiga que recomendou cautela nos assuntos do coração?

Ela sempre se referia de modo tão cáustico ao "apaixonar-se" que perguntei se já tinha vivido essa experiência: ficar feliz à toa, borboletas no estômago, coração acelerado, lembrar do outro por bobagens... Disse que sim. Aí, eu perguntei o que ela achava da experiência. Resposta: "não gosto. não gosto de nada que me tira do chão: drogas, bebidas, paixão...". E completou: "só gosto da paixão quando é correspondida".

Tanta coisa fez sentido.

Eu gosto muito de apaixonar-me. Gosto do processo e aceito o pacote completo: parte boa e ruim. Não precisa ser correspondido pra valer a pena pra mim. E não me apaixonava há tanto tempo que, mesmo não sendo recíproco, ando feliz à toa, à toa.

Adoro estudar inglês. Estou gostando muito de aprender a nadar. Adoro cozinhar. Adoro U2, Sandman, Kit Kat. Gosto assim, de modo enfático, apaixonado, obsessivo.

Às vezes eu acordo. Às vezes, sim, eu morro. Mas, às vezes, eu voo. Todas valem a pena.

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