segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Incerteza


Comecei o dia conversando com Verenna, minha amiga que mora em Madrid.

Ela deu notícia das dificuldades que o país e eles - ela e David - têm enfrentado. Angélica, a que mora na Flórida, também me contou de como a situação está ruim nos EUA.

As duas disseram a mesma coisa: "venha nos visitar! não sei até quando estaremos morando aqui..."

Pensei em ir a Key West em março de 2012. E talvez houvesse uma oportunidade boa na Europa que poderia esticar até Madrid. Mas, eu também tenho as minhas incertezas...

Por essas e outras é que ando querendo ler de novo "O andar do bêbado". Pra ver se melhoro meu trânsito pelo acaso.

Ultraviolet

Sometimes I feel like I don't know
Sometimes I feel like checking out.
I wanna get it wrong
Can't always be strong
And love, it won't be long.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A descoberta do corpo

Tenho feito muito esse gesto essa semana por conta de uma inflamação no nervo ciático.

Rubem Alves tem um texto antigo em que ele diz que a gente não repara no corpo até que ele "saia do prumo". Verdade.

Um torcicolo mostra quantas infinitas vezes movemos o pescoço durante o dia. Uma dor ciática mostra que você usa a parte inferior das costas quando espirra ou tosse.

Fico maravilhada com essas descobertas e cada vez mais consciente do quanto essa "máquina" trabalha todos os dias, por toda a nossa vida. Quantas dezenas, centenas de pequenos processos para permitir cada movimento.

Merece que a gente cuide dele com carinho, sempre.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

o outro

Depois do post de ontem, fiquei me perguntando se a propaganda podia - nesses tempos de patrulha da chatice - ser considerada ofensiva. Afinal, o gigante se levanta e sai mar afora. Em certo sentido, "dá as costas ao país".

À noite, em casa, vi "Bem Vindo", o filme francês sobre o professor de natação que decide ajudar, a princípio a contragosto, um imigrante iraquiano que quer chegar à Inglaterra atravessando o Canal da Mancha. O filme me lembrou "Um conto chinês", em que um argentino, também contrariado de início, ajuda um chinês a encontrar sua família.

Nos dois filmes, a abertura para o outro transforma a vida dos protagonistas. A disponibilidade para ver e conhecer o outro, saber dos amores e dores dele, suas razões e incoerências, os torna mais e mais humanos.

Então, quando o gigante sai para o mundo, dá pra dizer que é o país que tem se colocado internacionalmente de maneira mais destacada. Mas, também dá pra entender que essa pode ser a nossa salvação: sair de si, enxergar o outro, onde quer que ele esteja.

Em tempo - e não podia faltar: que país é esse que pune a fraternidade? Aquele mesmo, que pouco mais de 200 anos atrás colocou esse lema para o mundo - liberdade, igualdade, fraternidade? Que triste.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

keep walking


Gosto muito das propagandas do Johnnie Walker, mas, essa é realmente espetacular - ideia e realização.

Vi no final de semana, mas, lembrei dela por conta de um almoço perfeito ontem: comida boa e um homem atraente, inteligente e gentil por companhia.

O começo da conversa foi sobre nosso "adormecimento eterno em berço esplêndido"... Parece mais fácil mesmo que a montanha se mova.
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Agora, a letra da música linda da Shakira que citei ontem. Está no filme "Amor nos tempos do Cólera":

La Despedida

No hay mas vida, no hay
No hay mas vida, no hay
No hay mas lluvia, no hay
No hay mas brisa, no hay
No hay mas risa, no hay
No hay mas llanto, no hay
No hay mas miedo, no hay
No hay mas canto, no hay

Llévame donde estés, llévame
Llévame donde estés, llévame
Cuando alguien se va, él que se queda
sufre más
Cuando alguien se va, él que se queda
sufre más

No hay mas sueños , no hay
No hay mas tiempo, no hay
No hay mas miedo, no hay
No hay mas fuego, no hay
No hay mas vida, no hay
No hay mas vida, no hay
No hay mas rabia, no hay
No hay mas sueño, no hay

Llévame donde estés, llévame
Llévame donde estés, llévame
Cuando alguien se va, él que se queda
sufre más
Cuando alguien se va, él que se queda
sufre más...
sufre más....

terça-feira, 25 de outubro de 2011

filmes que eu vi

"O Caminho para Casa".

A ideia: quando o pai do narrador morre em outra cidade, a mãe quer que o caixão seja trazido de volta a pé: só assim o morto reencontraria o caminho para casa. Bem bonito.


"O Leitor".

Por algum motivo, não registrei que Ralph Fiennes trabalhava nesse filme. Se soubesse, teria assistido antes: gosto muito dele, de seus personagens quase sempre infelizes.

Esse não foge à regra: uma história tão bonita e tão devastadora.

Kate Winslet está ótima, mas, gosto mais dela em "Foi apenas um sonho", do mesmo ano.


Por fim, o favorito: "Direito de Amar". O título em inglês é melhor "A Single Man".

Esse me pegou desde a cena abaixo, logo no início: a representação da dor da perda - pela morte ou pela separação - é tão precisa como não me lembro de ter visto no cinema.

O uso das cores, a velocidade das cenas, o desempenho espetacular dos atores, tudo mostra o sentimento daquele que fica. E como, num tempo que não se prevê, em condições que se fazem sem que a gente saiba como, voltamos a sentir o sentido das coisas. Lindo, lindo, lindo.

Colin Firth? PERFEITO. Merecia o Oscar por esse filme.

O final podia ser outro: achei desnecessariamente melodramático. Mas, não invalida todo o resto.

"cuando alguien se va el que se queda sufre mas"

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

sou mais feliz quando chove

E hoje está chovendo, desde a madrugada. Dia cinzento e fresco: abri a janela do quarto feliz, feliz. :)

Ontem, feriado: a arrumação continua a todo vapor em casa e no trabalho. Finalizando tarefas, abrindo espaços. Na verdade, desejando mudanças.

Foi dia também de cinema ("Família vende tudo") e o shopping estava caindo de gente. Eu já imaginava, mas, oh, Deus, que tormento!

A coisa boa? Se tudo correr bem, dou uma escapada na  próxima semana. E no findis, Botucatu de novo.

Um bando de maritacas está aqui por perto, fazendo algazarra. Se eu fosse passarinho, também estaria bem feliz hoje. \o/

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Dream / Sonho

Meu poema favorito de Poe. Meu personagem favorito de Gaiman. Um post para Ana.

A Dream Within A Dream

Take this kiss upon the brow!
And, in parting from you now,
Thus much let me avow-
You are not wrong, who deem
That my days have been a dream;
Yet if hope has flown away
In a night, or in a day,
In a vision, or in none,
Is it therefore the less gone?
All that we see or seem
Is but a dream within a dream.

I stand amid the roar
Of a surf-tormented shore,
And I hold within my hand
Grains of the golden sand-
How few! yet how they creep
Through my fingers to the deep,
While I weep- while I weep!
O God! can I not grasp
Them with a tighter clasp?
O God! can I not save
One from the pitiless wave?
Is all that we see or seem
But a dream within a dream?

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Um sonho num sonho

Este beijo em tua fronte deponho!
Vou partir. E bem pode, quem parte,
francamente aqui vir confessar-te
que bastante razão tinhas, quando
comparaste meus dias a um sonho.
Se a esperança se vai, esvoaçando,
que me importa se é noite ou se é dia...
ente real ou visão fugidia?
De maneira qualquer fugiria.
O que vejo, o que sou e suponho
não é mais do que um sonho num sonho.

Fico em meio ao clamor, que se alteia
de uma praia, que a vaga tortura.
Minha mão grãos de areia segura
com bem força, que é de ouro essa areia.
São tão poucos! Mas, fogem-me, pelos
dedos, para a profunda água escura.
Os meus olhos se inundam de pranto.
Oh! meu Deus! E não posso retê-los,
se os aperto na mão, tanto e tanto?
Ah! meu Deus! E não posso salvar
um ao menos da fúria do mar?
O que vejo, o que sou e suponho
será apenas um sonho num sonho?

Morpheus espalhando a areia de um sonho desfeito,
um mundo criado para um antigo amor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Reencontros

Fim de semana de rever amigos.

Sábado, Sertãozinho. Lá vivem a Ju e o Marcelo que, além de todo o trabalho do dia a dia, dos cães, das famílias, ainda são donos desse lugarzinho simpático chamado "Cervejaria Sacomani".

Não fui lá: já era tarde e estava fechado, mas, a casa vai no mesmo estilo. E os amigos continuam ótimos!

Depois, encontro com antigos colegas de trabalho. Não é exatamente meu tipo de evento, mas, queria muito ver algumas pessoas, então, acabou valendo a pena.

Momento sem noção: primeira viagem completa dirigindo e vou à noite, chovendo, em Sertãozinho, que tem a pior saída para Ribeirão que pode existir! Aff!

Ontem, almoço nos Facion: lasanha perfeita da Tina, bichos mais engraçados do mundo e o nonsense habitual da família.

De tardezinha, chá inglês e uma lembrancinha da National Gallery. Pra combinar, choveu. Bem feliz! :)

O friozinho mais a sonolência de um antialérgico bem colocaram na cama antes das 21h. Fim.

Agora, outra semana e - thanks God! - tem feriado bem no meio! Amém!

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

"Caras"

Ontem foi dia de "programa cultural": pré-estréia de "Meu país", de André Ristum.

Ricos e bem nascidos reunidos. Pessoas do métier. Imprensa em peso. E os avulsos que têm amigos bacanas, categoria em que me incluo.

Acompanhei isso tudo com curiosidade de observador: pra mim, que gosto de gente, é um banquete.

A pergunta que não quer calar é: pra que tantos seguranças pro Rodrigo Santoro? Fiquei olhando pra ele - todo o tempo gentil e sorridente - e pensando na capacidade para administrar esse lado do trabalho artístico, a fama. É um outro talento.

"Meu país"? Razoável. Quando, no entanto, penso em "Um conto chinês", fico me perguntando porque a gente não faz um filme como aquele: simples, enxuto e bom.
A turma que trabalha no Shopping, excluída da festa.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

dois momentos com meu pai

Meu pai fez cirurgia de catarata no sábado. Quando fui buscá-lo, ele estava com um dos olhos coberto, o que deixa a gente um pouco tonto. Então ele se apoiou no meu braço e fomos andando, bem devagar, até o carro.

Por conta da cirurgia, ele não pode abaixar a cabeça. Também não tem mais a flexibilidade de antes. Então ontem, antes de irmos comemorar o aniversário, ajudei-o a calçar as sandálias.

Por toda sua história, meu pai é muito calado, reservado, solitário. Mas, até porque somos parecidos, consigo perceber quanto amor vive nesse coração silencioso. E nesses dois momentos, tive a perfeita percepção de quanto eles eram preciosos.

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Para quem ainda não viu: visite o site de Phillip Toledano. Depois da morte da mãe, Phillip e o pai passaram a viver juntos e o filho registrou esses momentos. O site se tornou um livro e já tem versão em português - chama-se "Dias com meu pai".

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Esse post é para você Oz, que deixou um comentário que comoveu.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Duas histórias

Christopher Nolan, o outro.

Esse menino nasceu na Irlanda e, por falta de oxigênio no parto, não podia mover nenhum músculo, exceto os olhos. A princípio, isso também teria comprometido suas funções cognitivas.

Sua família nunca acreditou nessa história. Diziam ver nos olhos do Christopher que ele podia entender tudo ao seu redor. Seu pai lia para ele. A mãe tinha longas conversas e mostrava as letras do alfabeto. A irmã, cantava.

Quando ele tinha 11 anos, teve acesso a um novo medicamento que lhe permitiu um pequeno movimento com o pescoço. E Christopher escreveu um poema "I learned to bow" (to bow significa "se curvar", como no cumprimento que os japoneses fazem), em que agradeceu à Deus pelo milagre da ciência e da medicina.

Depois disso, escreveu outros poemas, livros, peças. Morreu em 2009, aos 43 anos.

Fico pensando nesse menino, preso durante 10 anos dentro de seu corpo. Vendo, ouvindo, entendendo e sentindo tudo sem poder expressar nada. Como Jean Dominique Bauby, cuja história está em "O escafandro e a borboleta". A diferença é que todos sabiam que Jean havia conservado o entendimento.

Como cheguei nessa história? Christopher estudou na "Mount Temple School" e o U2 fez uma música sobre ele: "Miracle Drug", que, antes mesmo de conhecer essa história, tenho ouvido obsessivamente.

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Aniversário de meu pai, 74 anos. Olho pra ele e me comovo tanto...

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Senna


A Cultura reexibiu ontem esse programa, que originalmente foi ao ar em dezembro de 1986.

Várias vezes ele disse que "ainda tinha muitos anos pela frente"... Não era tantos assim: pouco mais de 07.

Disse também que não pretendia migrar para a Indy no futuro: aquilo era suicídio, correr tão perto de uma parede.

Tão bom vê-lo de novo. Tão triste não vê-lo mais.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Fúria organizadora

A arrumação de final de ano começou mais cedo!

Há semanas fico olhando meus livros e prometendo uma limpeza. Queria me desfazer de alguns, ver se as formigas gigantes não tinham feito novo ninho no meu "guarda livros", tentar acomodar algumas novas aquisições...

Toca tirar tudo do móvel, buscar os que estavam no quarto pra ver se acho nova acomodação, separar os que serão doados...

Claro que, lá pelas tantas, morri de cansaço. Mas, como estavam todos pelo chão da sala, tinha que dar jeito.

Na foto aparecem alguns favoritos: "Violent Cases" é o topo da pilha de "Sandman". Todas as minhas versões dos sermões de Antônio Vieira (ainda não consegui me desfazer de nenhum!). Em pilhas também: todos os Poe, Garcia Márquez, Saint-Éxupéry, Dickens ("Um conto de duas cidades": gosto tanto!), Tolkien, parte da coleção "Museus" da Folha.

De novo prometi a mim mesma não comprar nada até ter lido uns inéditos que estão por aí. De novo não devo cumprir: já estou cá pensando que preciso completar minha coleção de sermões do Padre Vieira e  do Calvin (o garoto que tem um tigre de pelúcia)...

"Livros, livros. Centenas de livros. Milhares de livros!".
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Depois de ver "Melancolia", pude ler algumas críticas e essa diz exatamente o que penso sobre os dois concorrentes de Cannes:

"A prolixidade de Malick e a psicanálise de Lars Von Trier

O filme de Malick trafega por fortíssimas linhas filosóficas e experimentais ao traçar o cotidiano (um tanto poético) de uma família texana na década de 50. O cineasta, que é conhecido pelo excesso de preciosismo em suas raras obras, nos últimos 30 anos, faz um filme de contemplação sob as leis discursivas do filósofo Heidegger, buscando traçar justificativas existenciais do homem em meio a imensidão da natureza. Não à toa, exibe imagens do sistema solar e até de dinossauros. Não levanta questionamentos para tal (e nem creio ser essa uma obrigação!), mas também ao permear sobre o “tema” acaba se traindo no excesso de prolixidade. Isso é tão claro que o miolo do filme, que compreende as relações humanas da tal família com a reverberação dos instintos infantis, é de uma grandeza (e pura cinefilia) invejável. O que contrasta com o prólogo e o epílogo que soam pretensiosos e disléxicos demais na generalidade do que se propõe.

Melancolia, por outro lado, é uma interessantíssima metáfora psicanalítica também sobre o existencialismo do homem no universo, mas de uma maneira mais sagaz. Dividido em duas partes, o filme acompanha o casamento de Justine (Kirsten Dunst, genial), quando a mesma é tomada pela urgência da depressão, tendo de “enfrentar” os presentes, dentro de suas representações sociais. Ali ele acampa sua conhecida criticidade humana, capitalista e, por que não? misantrópica, mas numa “embalagem” tão envolvente, que nos perguntamos se a depressão de Justine é um personagem ou um elemento daquilo que Trier que evocar.

Na segunda parte do filme, vemos o ápice da expressão que o título do filme procura representar. O confronto psíquico entre Justine e a irmã Claire (Charlotte Gainsbourg) dá margem para muitas interpretações e, principalmente para ligarmos o processo depressivo do próprio cineasta com a história que quer contar. A teoria do caos anunciado que toma conta de todo esse ato rende momentos de pura poesia, o que não deixa de ser um paradoxo, indo até o clímax final, que diz muito sobre quem ou o que é a polêmica persona de Lars Von Trier.
 
Daí, diferentemente do que o júri de Cannes atestou (sendo influenciado pelo circo de Trier ou não), eu fico com Melancolia. Muito pela forma complexa mas nada prolixa de expressar um estado de espírito, e nos deixar cabreiros por isso…"

O texto todo está aqui: http://www.ambrosia.com.br/2011/09/07/prolixidade-de-malick-psicanalise-de-lars-von-trier/

E aqui - http://projetonassal.wordpress.com/2011/08/21/luiz-felipe-ponde-e-contardo-calligaris-sobre-a-arvore-da-vida-e-melancholia/ - tem o que Luiz Felipe Pondé e Contardo Calligaris escreveram sobre “A Árvore da Vida” e “Melancolia”.

PRONTO! Prometo que tento não falar mais desses filmes!

sábado, 1 de outubro de 2011

Conversas(?)

situação 01, pelo msn:

ele: (começo da conversa) E aí, como foram as férias?
eu: Boas. E as suas?
ele: Foram ótimas! Fui da Argentina à Bolívia de moto, com 03 amigos, bla bla bla... bla bla bla... bla bla bla...
eu: Que legal! Acho esse tipo de viagem muito bacana!
ele: (não falou mais nada)

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situação 02, também pelo msn:

ele: (logo depois dos cumprimentos) Foi no show do U2?
eu: Fuuuuuuuuuuuui!!!!
ele: Que dia?
eu: No sábado!
ele: Eu fui na quarta, bla bla bla... bla bla bla... bla bla bla...
eu: Nem sabia que você ia!?
ele: (não falou mais nada)

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situação 03, mensagens no celular:

ela01: Oi, tudo bem?
eu: Precisando de férias. E você?
ela01: Mal. De saco cheio com trabalho. Cansada da faculdade, bla bla bla... bla bla bla... bla bla bla...
eu: silêncio
ela01: (depois de um tempo, em outra mensagem) Logo você sai de férias.

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Impressão minha ou nos três casos a conversa só foi iniciada para que a pessoa falasse sobre si mesma?

Comentei com uma amiga tempos atrás: observo que muitos dos meus contatos perguntam como estou, mas, não querem saber a resposta. Querem apenas o gancho para falar de si mesmos.

Ouvi alguém - Mario Sérgio Cortela? Flávio Gikovate? - falando sobre isso uma vez. Muitos casais não têm conversado mais: o que parece uma conversa, na verdade, é apenas cada um fala de si próprio para o outro.

Eu, que não sou dada a grandes confissões, respondo de maneira sucinta e fico esperando. São poucos os que, afinal, queriam mesmo saber a meu respeito.

É só comigo?