sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Sabor de Infância

Quando peguei o caderno de gastronomia do Estadão de ontem, fiz uma cara de espanto, soltei um "oh!" e um sorrisinho. Na capa, cuca (essa coisa aí ao lado).

Não sabe o que é? A matéria fala sobre isso mesmo: esse clássico da minha - e de tantas infâncias - completamente ignorado em boa parte do país.

Sempre defini cuca como "um bolo de massa robusta, feito com fermento biológico, com farofa doce por cima". Tecnicamente, soube ontem, é um pão - exatamente porque leva fermento biológico. A origem é alemã e é bem comum nos estados do Sul.

Eu costumava comer em casa quando criança, mas, se comentava na escola, ninguém fazia ideia do que se tratava. Não estava à venda em padarias, mercados ou supermercados. Ninguém conhecia. E não havia Internet, pra pesquisar.

Como já não era uma pessoa muito ajustada, isso só reforçava minha sensação de esquisitice.

Agora soube que dá pra provar uns sabores diferentes em São Paulo: no mercado de Santo Amaro um alemão prepara as originais e umas novidades. Oh, Deus!

Um comentário:

cidissima disse...

Quase tudo volta ao tempo da infância. Os amiguinhos, as bonecas, os vestidinhos, e até o que se gostava de comer.
Quem não se lembra dos quitutes gostosos das mães, tias e avós?
Comia-se de maneira singular, lambendo os beiços!
Na época dos mais antigos eram restritas as merendas sofisticadas. Era para uma classe social um pouco mais suculenta. Para os vanguardistas a lancheira só acondicionava banana e goiabada. E era um banquete.
A modernidade traz à tona o nome correto da predileção de outrora.

Cida