Centro de Educação Infantil “Profª Jussiara Aparecida Pereira Delgado” |
Fui ver "A pele que habito". Voltei pra casa ouvindo Adele, especialmente "Don't you remember".
A música? O filme? Esse tempo? Alguma coisa me deixou triste, triste e com vontade de visitar nossas (minha e de minhas irmãs) casas antigas.
Por alguns anos moramos a dois quarteirões umas das outras. A casa em que morei está bem diferente, mas, as outras estão com a mesma aparência.
Fui lembrando das tantas coisas. Eu gostava muito dessa minha casa: pequena, podia ser vista inteira da porta de entrada. Lembranças da Tika, dos sobrinhos pequenos.
Na casa de minha irmã mais velha, também lembrei do cachorro - uma Akita e outras coisas não tão felizes. Mas, na casa de minha outra irmã, a lembrança foi completamente inesperada: meu pai, chegando lá depois do trabalho, na tarde de 17 de maio de 1997.
Lembro perfeitamente dele descendo do carro, de uniforme, e as crianças - Marcelo, 09; Ana Clara, 04 e Ana Júlia, 02 - correndo para abraçá-lo. Meu cunhado estava feliz da vida, com emprego novo e seu primeiro carro zero.
Apesar das perdas anteriores, minha sensação é de que foi ali que tudo começou.
Um comentário:
Amo lembrar do passado. Daquele que era feliz e nem sabia, daquele que foi só aprendizado, dos vizinhos e da família,
esta, impregnadamente.
Quando vou a lugares que frequentei, vivi, cresci, luzes piscam como reminicências visual, auditiva, tão vivas que reagem como sinestesia. Sinto o aroma, ouço sons e até em compasso, vejo todos desfilando diante de mim.
Embora algumas tristes, as recordações são como um compêndio onde tudo está registrado. Impossível esquecê-las.
Cida
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