sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A descoberta do corpo

Tenho feito muito esse gesto essa semana por conta de uma inflamação no nervo ciático.

Rubem Alves tem um texto antigo em que ele diz que a gente não repara no corpo até que ele "saia do prumo". Verdade.

Um torcicolo mostra quantas infinitas vezes movemos o pescoço durante o dia. Uma dor ciática mostra que você usa a parte inferior das costas quando espirra ou tosse.

Fico maravilhada com essas descobertas e cada vez mais consciente do quanto essa "máquina" trabalha todos os dias, por toda a nossa vida. Quantas dezenas, centenas de pequenos processos para permitir cada movimento.

Merece que a gente cuide dele com carinho, sempre.

Um comentário:

cidissima disse...

É o que podemos dizer desta maravilhosa máquina: perfeita!
Outros processos atestam sua mobilidade e precisão.
Quando beijamos alguém apaixonadamente, os olhos permanecem fechados.
Quando esfregamos uma esponja com detergente nos talheres, sem a ajuda da palma da mão não conseguimos. E outros mais.
Mas a razão principal da postagem é o chamamento para o óbvio. Nosso corpo é a maior criação. A mais bela. Mas muitos não veem assim. Não dão valor à saúde. Mutilam-no em busca do corpo perfeito. Extrapolam nos detalhes. Chegam a retirar algumas costelas para uma cintura mais fina.
E para esse procedimento não há filas. Assim como há e muitas, à espera pela doação de órgãos.

Cida