terça-feira, 26 de maio de 2009

Livros

O caderno de tecnologia - ou informática - do Estadão falou novamente sobre o fim dos livros. Eu leio, olho minha pequena biblioteca, as aquisições (03) deste mês e fico pensando nesse mundo futuro em que vou viver.

Será que eles deixam de existir? Será?


Eu adoro o objeto "livro". E acho que quem gosta de ler, é assim como eu: gosta mais do que da história, gosta do virar de página, do fechar o livro extasiado/emocionado/indignado. A concretude do objeto nos seduz. Dá até pra reconhecer o tipo: nos reunimos nas livrarias, nos finais de semana, olhando, manuseando, "namorando" esses objetos do desejo.


Então me ocorreu se a nova geração se prenderia mais ao conteúdo do que à forma. As leitoras que conheço na faixa dos 15 anos desmentem o argumento: apesar de lerem versões digitais ou emprestadas, compraram seus próprios exemplares das histórias favoritas.


Um mundo sem livros não é um mundo sem histórias, e me lembro de Fahrenheit 451 na versão de François Truffaut quando penso nisso. Mas, pra mim, um mundo sem esses objetos do sonho (e Mr. Sandman tem uma vasta bibioteca pra provar o que estou dizendo) vai ser um tanto mais triste.


(Na foto, a minha linda nova edição dos Sermões do Padre Vieira)

Um comentário:

Mulher Vã disse...

Eu que sou uma sinestésica de plantão, tambem curto muito pegar, manusear, sentir o livro entre meus dedos, até o som de virar páginas é delicioso e quando o livro ta novo, eu adoro o cheirinho, leio e tento imaginar como ocorreu a ideia no autor de escrever o tema, será que varou a madrugada escrevendo, fumando e tomando café? será que escreveu de lápis, maquina datológrafa, caneta ou computador, ou as ideias lhe surgiram quando estava numa boate [como ocorre comigo sempre =P] e teve de pedir caneta e guardanapo ao garçom, correndo ao banheiro antes das ideias fugirem?
Infelismente vivemos numa realidade em que cada vez menos importancia se dá ao livro, isso é bem triste, e concordando com o que voce disse um mundo sem livros seria um mundo sem sonhos