Estavam sentados no banco do ponto de ônibus, ao lado do Colégio Auxiliadora. Só eles, na fileira de quatro assentos, mas, havia gente por perto, esperando em pé ou passando.
O pai teria uns 40 e poucos anos. Vestia bermuda e camiseta simples. Moreno, cabelos crespos e curtos, usava óculos. No ombro esquerdo, a bolsa cor de rosa do bebê. Estava à direita, do meu ponto de vista.
A mãe, à esquerda, aparentava mais de 30 anos, também morena, cabelos médios. Usava calça jeans e camiseta.
A criança era uma menina morena, cabelinhos cacheados, shortinho e blusinha rosa. Cerca de um ano de idade.
Pareciam pobres, mas, não miseráveis.
A mãe se inclinava para o pai, encostando a lateral do corpo no dele e conversavam.
A menina estava sentada no colo do pai, sobre uma espécie de edredom leve, rosa claro. A postura dele não era como a de alguns pais que não sabem bem o que fazer com o bebê: ele a abraçava, parecendo cuidadoso e carinhoso.
Então, a bebê começou a coçar a cabecinha, acima da orelha. Depois de um tempo, a mãe se inclinou para ver o que acontecia e começou, ela mesma, a coçar, bem de leve, o cabelinho da bebê. Mais um carinho que outra coisa.
Quando meu ônibus saiu, eles estavam assim. E eu fiquei tão encantada às 07h30 que nem consegui fazer uma foto.